Uma ação conjunta entre o Ministério Público e a Polícia Civil, fecharem na última quinta-feira (16), uma comunidade terapêutica em Cajamar.
Segundo a Promotoria de Justiça da cidade, haviam denúncias de maus-tratos e cárcere privado no local. Um relatório foi elaborado com investigação até o dia em que os policiais foram até o local e prenderam em flagrante os responsáveis.
A comunidade é supostamente usada para tratamento relacionado às drogas, estabelecida apenas para internações voluntárias. Porém, na ocasião, a Promotoria de Justiça observou tratar-se de local totalmente fechado, com muros altos e câmeras de segurança, onde havia cerca de 90 pacientes.
“Constamos que muitos pacientes estavam no estabelecimento contra a vontade, muitos deles presos há meses, com alimentação escassa, assistência médica insuficiente, sem itens de higiene, sofrendo castigos físicos, tortura, ameaças, violação da identidade de gênero, além de liberdade religiosa e de crença” – manifestou a promotoria.
Os crimes imputados aos responsáveis são de cárcere privado e tortura. Em audiência de custódia, a Justiça converteu em preventiva a prisão em flagrante.
O Creas, com o suporte da Prefeitura de Cajamar, providenciou o encaminhamento das pacientes aos respectivos familiares. A Vigilância Sanitária interditou o local e a instituição foi fechada.
A polícia não divulgou o nome da clínica.