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Embaixatrizes do samba paulista ganham bloco carnavalesco em Pirapora

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Uma iniciava de um grupo de amigos e empresários, o bloco Imperatriz Piraporana se apresenta pela primeira vez este ano no carnaval de Pirapora do Bom Jesus homenageando suas imperatrizes do samba: dona Maria Esther, eternizada como “embaixatriz” e “rainha” do samba de roda; e Verona, a quem também foi dado o tulo de Embaixatriz do Samba Paulista.

Esse é o primeiro bloco carnavalesco de Pirapora a levar o nome de figuras emblemáticas e representavas que contribuíram para a formação e reconhecimento cultural da cidade nos cenários estadual e nacional.

Quando se fala em carnaval de Pirapora fica difícil não associar a imagem de dona Maria Esther, uma pessoa simples, que com sua dança e amor ao samba levou o nome da nossa cidade a todos os cantos do estado de São Paulo e do Brasil.

Para nós é uma honra poder prestar a ela essa homenagem e também à Verona, outra pessoa muito querida e que manteve esse titulo de Embaixatriz do Samba preservando a tradição e a importância cultural histórica do povo piraporano.

A Imperatriz Piraporana se apresentará no sábado de Carnaval (22/02), mas no próximo dia 14 de fevereiro fará um esquenta de Carnaval no centro da cidade, quando se apresentará oficialmente como o mais novo xodó da família piraporana.

O objetivo é preservar a cultura e resgatar aquele sentimento familiar, sadio e prazeroso que sempre foi o carnaval de Pirapora. Tenho certeza que nosso bloco ficará pra sempre no coração dos piraporanos e trará a cada ano novos membros que se identificarão com nossa proposta de resgate e preservação da nossa cultura.

‘os que morrem ficam na lembrança e os ‘que fica segue’ a tradição’’.

SINOPSE

O Bloco carnavalesco Imperatriz Piraporana nasce com o profundo desejo de preservar a tradição do Samba de Pirapora do Bom Jesus eternizando honrosamente a figura de Dona Maria Esther de Camargo Lara ou simplesmente Dona Maria Esther, considerada a Embaixadora do Samba Paulista.

Ela, que ao lado de Honorato Missé, fundou o Grupo Samba de Roda de Bom Jesus de Pirapora, fazendo sua opção definitiva pelo gênero e tornando-se uma das principais propagadoras do samba rural.

O grupo até hoje se mantém apresentando uma criação artística associada ao samba paulista, mantendo a musicalidade, coreografia e a poesia forjadas pelos negros escravos e libertos do interior do estado de São Paulo no auge da cultura do café.

A importância de Dona Maria para a cultura popular transcendeu as fronteiras da cidade. Em 1937, participou da fundação da primeira escola de samba de São Paulo, a Lavapés, ao lado de Madrinha Eunice. Integrou ainda as Escolas de Samba Unidos da Galvão Bueno e a Vai-Vai, onde se manteve por mais de 30 anos. Também conviveu com o sambista Geraldo Filme, para quem fez os versos de improviso que originaram mais tarde a composição “Samba de Pirapora”.

Maria Esther era uma mulher de personalidade marcante e disposição invejável. Dedicou ao samba sua vida, tornando-se uma das principais referências da manifestação no interior do Estado.

Com sua voz forte, entoou versos de duplo sendo, levantou a saia e encarou o bumbo como se ainda não vesse saído da adolescência.

Suas glórias e conquistas estarão para sempre nos anais da história como fonte infinita de cultura e tradição do samba de São Paulo e de sua gente, afinal, como ela mesma dizia: “idade não regula, o que importa é o rebolado”.

Além de homenagear dona Maria Esther, a direção do bloco também homenageará Vera Lúcia Fogaça Fellippe, a Verona como era chamada pelos amigos, que recentemente nos deixou, aos 64 anos de idade.

Seis meses após o falecimento de Maria Esther, Verona, que possui uma trajetória de 21 anos dedicados ao samba, assumiu o posto de Embaixatriz do Samba Paulista, tulo dado na Secretaria de Cultura de São Paulo sob a presença da cantora e deputada Leci Brandão, umas das mais importantes intérpretes de samba da música popular brasileira.

Nossa Pirapora do Bom Jesus é hoje reconhecida como Município de Interesse Turístico, berço do samba paulista e traz uma rica e fascinante história no contexto cultural.

É com muito respeito e de forma honrosa que a Imperatriz Piraporana, em seu primeiro ano de carnaval, presta essa justa homenagem a nossas duas imperatrizes, mulheres que sem dúvidas ficarão para sempre no coração do piraporano e na história de cidade.

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