O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de setembro foi de -0,29%, terceiro mês seguido de deflação. A queda foi menos intensa do que as registradas em julho (-0,68%) e agosto (-0,36%). No ano, a inflação acumulada é de 4,09% e, nos últimos 12 meses, de 7,17%. Os dados foram divulgados hoje (11) pelo IBGE.
O grupo dos transportes (-1,98%) exerceu o maior impacto negativo sobre o índice geral, contribuindo com -0,41 ponto percentual (p.p.).
Este é o terceiro mês consecutivo de queda nos transportes. “Os combustíveis e, principalmente, a gasolina têm um peso muito grande dentro do IPCA. Em julho, o efeito foi maior por conta da fixação da alíquota máxima de ICMS, mas, além disso, temos observado reduções no preço médio do combustível vendido para as distribuidoras, o que tem contribuído para a continuidade da queda dos preços”, explica o gerente da pesquisa, Pedro Kislanov.
Em setembro, com queda de 8,33%, a gasolina exerceu o impacto negativo mais intenso no índice (-0,42 p.p.). Os outros três combustíveis pesquisados também tiveram queda nos preços: etanol (-12,43%), óleo diesel (-4,57%) e gás veicular (-0,23%). “O etanol, mesmo tendo um preço livre, acaba acompanhando a gasolina, pois é um produto substituto”, acrescenta Kislanov. No grupo, houve ainda o recuo nos preços das motocicletas (-0,08%), dos automóveis novos (-0,15%) e dos automóveis usados (-0,38%), que haviam subido em agosto.